A Injustiça da Jackie

Brasil. O país do futebol, da mulher mulata, do Catolicismo e das praias maravilhosas. País composto por índios, afro-descendentes e europeus. País de onde surgiu Pelé, Xuxa e Gisele Bundchen. 1 país, 27 Estados, 5.565 municípios. Um poder Legislativo, um poder Judiciário, um poder Executivo, mas duas realidades...

Essa semana eu me deparei com um - pra falar a verdade uma - político que me tirou do sério. Me tirou do sério porque realmente nos mostra o quanto a justiça é falha. Mas esse país lindo e maravilhoso que vivemos, existe sim duas justiças: a do pobre e a do rico. Não vou explicar o porquê, vou deixar que vocês tirem suas próprias conclusões.

Vou começar contando a pequena história da empregada doméstica  Angélica Aparecida Souza. A Angélica tinha 19 anos no ano de 2006 quando foi ao supermercado com uma amiga e roubou um pacote de margarina - no preço de R$ 3,50 na época- para alimentar o filho que chorava de fome. Angélica ficou 4 meses presa, mas não sem tentar várias vezes o pedido de Habeas Corpus, que só foi concedido após esse período.

 Vimos que a justiça é firme mesmo. Roubo não é justificativa. Ladrão que é ladrão tem que ir pra cadeia e cumprir pena. Mas não é qualquer ladrão. Vou mostrar agora vem o outro lado da moeda...
   

A história agora é da filha de um ex-governador de Brasília. Seu nome? A gente viu muito nos noticiários de 2009: Jaqueline Roriz. E pra melhorar o texto vou chamar ela de Jackie. A Jackie foi condenada em 2009 por "recebimento de dinheiro ilícito e uso da verba de gabinete para o pagamento de aluguel do escritório do marido". Sim, ela aparece em um vídeo recebendo nada mais nada menos que R$50.000 reais do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa e, diga-se de passagem, ainda diz no vídeo #chateada que o valor “não foi o combinado”. Mas e aí o quê que aconteceu? Isso mesmo ela foi absolvida porque seu crime foi cometido antes de ter assumir o mandato de deputada Federal. E,segundo o jornal R7, pouco depois da divulgação do vídeo, Jaqueline distribuiu uma nota em que admitiu ter feito caixa dois na campanha eleitoral de 2006, época em que a gravação foi feita. No texto, a parlamentar alega que os recursos entregues por Durval Barbosa foram usados sem serem contabilizados. E a Jackie está aí, livre.

Então é isso. Duas realidades impressionante. Eu fiquei tão puto que nem soube como terminar esse texto, por isso, escrevo um mero até mais.

Fontes: www.r7.com.br
www.veja.com.br